E pra ganhar dinheiro agora?

Meus trabalhos estão todos congelados. Todos. Então eu estou precisando muito de ajuda com isso. Tá difícil pra mim ser ator ou diretor agora. “Quem prospera sempre alcança” tá em stand by. Minhas aulas na Guayi, também. Talvez se eu tivesse alguma disposição para canal de youTube e tudo isso, mas acho que não. Eu nunca fui um ator disposto a fazer isso sozinho. Eu tenho um pouco de vergonha, essa é a verdade. Tem coisas minhas no youtube, mas eu sempre fui chamado pra fazê-las.

Eu programo um pouco em Python, C++ (do Arduino, mas eu consigo aprender essas coisas bem rapidinho). Me viro bem com Linux, Windows, Mac OS X. Falo inglês bem. Assisto filmes e séries sem legenda, numa boa. Estou estudando um pouco de segurança de redes e Pentesting, porque parece ser o tipo de trabalho que a gente consegue fazer de casa mesmo, invadindo algum site e vendo se ele tem brechas pra ajudar a consertar.

Pra minha surpresa, até que eu já sabia bastante coisa sobre isso. Só por curiosidade mesmo. Eu fui lendo e conhecendo um monte de coisas que são feitas nesse sentido…

Brinco um pouco com marcenaria, mas só o suficiente para fazer brinquedos e alguns consertos de coisas da casa. Entendo de eletrônica, elétrica, hidráulica, o suficiente para inventar coisas que demoram a quebrar. Cozinho bem, mas só o básico.

Nos últimos dois anos eu fiquei desenvolvendo minhas versões para alguns puzzles de escape room.

Eu fiz um Tangram que quando montado, abre uma fechadura.

Um sistema que, quando você conecta os cabos na ordem correta, ele desbloqueia.

Um Genius (Simon Say), que desbloqueia depois que você acerta uma quantidade de vezes.

Um radio quebrado, que quando os jogadores vão encontrando e montando as peças, vai habilitando uma função por vez.

Eu aperfeiçõei uma bomba fake, que quando você resolve quatro puzzles na ordem certa, ela desarma.

Um telefone (teclado ou disco), que quando você liga alguns números específicos, vai ouvindo dicas do jogo. E um outro, que quando a gente aperta um botão de controle, ele toca e quando o jogador atende, ouve uma dica do jogo.

Uma caixa que toca uma mensagem conforme o botão que o usuário aperta.

Leitores de cartão. Teclados com senha. Os dois separados. Os dois juntos.

Amuletos colocados sobre um pedestal, na ordem correta. Portas que se abrem.

Um computador trucado, que liga quando jogador insere um pendrive específico, com um programa de email aberto que avança o jogo uma vez que o jogador envia a mensagem para o endereço de e-mail correto. O mesmo sistema pode ser configurado para se transformar num navegador e site de busca.

Uma gaveta que se abre, quando uma planta é regada.

Um braço robótico, feito com tubos de PVC e pistões hidráulicos, que simula um braço robótico industrial em operação. Esse último, um jogo completo, dentro de uma montadora multinacional, em que os jogadores deveriam entrar numa área automatizada e realizar corretamente a manutenção do robô no tempo determinado.

Eu também criei alguns jogos customizados, para gerar crises narrativas específicas, num ambiente de educação corporativa. “Qual o pior cenário possível para o trabalho da sua equipe?” Aí a gente cria uma narrativa abrangendo essa crise e uma sequência de puzzles para os jogadores a enfrentarem.

Isso tudo eu inventei ou adaptei, baseado em coisas que eu fui achando na internet.

Se você souber de algum trabalho ou precisar de alguma invenção que dÊ pra gente fazer enquanto “quarentenamos”, me avise tá?

O Corona foi surpresa pra todo mundo, mas o boletos seguem vencendo nas mesmas datas.